Último poema teu.
A insônia bateu.
No compasso do coração descompassado.
Quem sabe esse seja o último poema.
Então guarde bem guardado.
Você foi meu amor mais amado.
Que chega doer no lombo feito sapato apertado.
O coração fica batendo forte e o pensar vai tão longe que dá agonia na mente vazia.
Ontem você era moradia certa.
Que eu sabia que sempre seria minha.
Hoje dói as lembranças dos dias que passávamos juntinhas.
Sei que era só do meu lado.
Pois faz tempo que teu amor deixou de ser amado.
Fazia de conta que era um passo mau dado.
Sinto falta do beijo não dado.
Do abraço arrojado.
Do mimo trazido com jeito de rapadura doce que vinha junto com um sorriso belo.
O cuscuz pela manhã feito com amor e cheiro de café.
Que me acordava ao seu lado.
Hoje não existe mais.
E a insônia da falta que tu me faz.
Me acompanha com amargor e dor no peito.
Que desajeito tão triste.
Que esse amor tenha terminado.
De um jeito tão desrimado.
Mais saiba que nunca terás um outro assim ao teu lado.
Te amei com todo meu ser.
Te beijei todo teu corpo
Que tinha cheiro de quero mais.
Que no teu suor era um gosto tão bom.
Igual cuscuz e pão.
Sabor igual não sentirei mais.
Mais saiba menina pequena.
Foi você que me deixou.
As lágrimas caem como chuva fria.
Mas um dia tenho certeza que você pensará oh porque eu não quis mais.
Pois amor igual aquele eu não terei mais.
Único como o nosso suor depois de nós amar.
E que tu sejas feliz.
E que eu siga sem olhar para trás.
Agnes Koch.